Cada dia que passa estou mais convicta que na vida, só existe dois problemas graves: doença e escassez de dinheiro, o resto, é romantismo é falta de pegar uma roça para capinar limpar fossa ou trabalhar a vários metros de profundidade em plataformas de petróleo. Por que digo isso? Pautada na experiência diária com os bolsos vazios desde que me entendo por gente. Com bastante sacrifício, consegui comprar em uma promoção na internet, um par de sandálias de couro legítimo para presentear a minha única sobrinha viva, já que as outras três, retornaram à casa do Pai Celestial; de posso do mimo, reaproveite uma embalagem vazia, guardada não sei quanto tempo, laço reaproveitado, discurso ecológico dos cinco ‘Rs”, reutilizar, mas na prática, pobreza mesmo, necessidade de economizar, pois embalagem para presente é como frete, às vezes, sai mais caro que o regalo. Com os presentes embalados, faltava dinheiro para o táxi e uma carona apareceu. Aceitei! Como diz o velho ditado popular: alegria de pobre dura pouco, faltando apenas uns trinta minutos para chegarmos ao destino, o telefone do patriarca da família que ofereceu a vaga no carro tocou e, do outro lado, a pessoa pediu que regressássemos porque um parente acabara de falecer, assim, o dia que prometia ser de comemoração e alegria terminou em lágrimas em volta do caixão do jovem que partira de maneira súbita em plena for da idade.
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