Ninguém nunca conseguiu entender como Rafael, um
homem conhecido por sua sensatez e
inteligência poderia ter casado com uma mulher
que se vangloriava de ter cuidado
do pai, do sogro e do primeiro marido idosos e ambos morreram em seus braços. Embora idoso, quando eles contraíram núpcias,
ele gozava de uma vitalidade acima do esperado
para a sua idade e claro, tinha construído um patrimônio considerável para alguém que não tinha nada, quando contraiu núpcias com a
primeira esposa, ao contrário de Zilma, que sempre trabalhou em casas de família,
casou com um caminhoneiro e há quem diga que o filho do casal, pode não ser
dele. Aparentemente, era uma boa esposa, mas no silêncio do lar, somente Deus é
testemunha.
As
aparências enganam, todos acreditavam que ela cuidava dele com esmero pois sempre o viam limpo, a casa
impecável e a geladeira cheia, diga se de passagem, tudo comprado com o
dinheiro dele, seu filho, nora e netos todas as noites lá iam comer. Diante
deste quadro, quem iria questionar a dedicação da nova esposa? Com o passar do tempo, a vizinhança já
murmurar sobre os mistérios da vida, um
homem anteriormente tão vigoroso, estava se definhando aos poucos e ela falava e falava que o levava ao médico
mensalmente e que parecia que os não melhoravam sua condição, e que estava
desesperada, sem saber a quem mais recorrer.
Um primo bem
próximo a Rafael, ficou intrigado, antes um homem forte e ativo, agora se
deteriorava rapidamente e chamou um geriatra, mas foi uma tentativa frustrada porque ela
participou da consulta e não deixou que a vítima pudesse falar com segurança com o médico, porém, este
suspeito que ela estava ministrando os remédios de forma errada, prescreveu uma
nova receita com os horários certos
e nunca mais abriu a porta de sua
casa ao primo de sua esposa.
Ao contrário do esperado, ela não seguiu a prescrição médica e intensificou a sua
tentativa de abreviar a morte do marido e, no espaço de três meses, ele faleceu
com infecção generalizada; Os parentes
não tinham provas para acusá-la formalmente,
mas ela a boca do povo ninguém controla
e ela ficou na memória da cidade como a mulher que matou o marido e ao
contrário do que ela esperava, não conseguiu herdada nada porque eles casaram
em comunhão parcial de bens, não adquiriram bens após a união e toda a fortuna
dela, foi para o neto. Este foi o castigo dela, ter o peso de uma morte nas
costas e não receber nada. E assim, a história da mulher que dava o remédio
errado para o marido viveria para sempre na memória daquela pequena cidade,
como um conto sombrio de ganância e traição disfarçado sob o véu da bondade
aparente.
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