Homens sábios e inteligentes também cometem
erros, e o maior erro de Juan foi ter casado com Cruela, uma viúva que trouxe na bagagem um filho, nora e neto. A partir da entrada da
nova mulher na casa, a vida das enteadas
tornaram-se um martírio, ela as maltratavam e eram alimentadas somente com as sobras de
alimentos, a prioridade sempre era os seus, até o marido fica de escanteio.
Enquanto
as enteadas faziam todo o serviço da
casa e viviam maltrapilhas, ela esbanjava dinheiro em compras caras e
desnecessárias e guloseimas para o seu
neto. O infeliz marido trabalhava dia e noite para manter a casa e de tão exausto,
não tinha forças para defender as filhas. Não havia dinheiro que chegava para
Cruela! Cansaço, tristeza,
arrependimento fizeram que o homem
adoecesse e partisse em um curto espaço
de temo. Em volta do caixão do marido, Cruela mal conseguia disfarçar um
sorriso sinistro de quem mal podia conter a felicidade de enfim estar viúva,
acreditando que agora estaria livre e rica.
O
que ninguém sabia é que Juan havia feito
um testamento beneficiando suas filhas e deixou especificado que Cruela e os seus não podiam residir na casa das filhas e também, como ele deixou de
pagar o INSS, ela não teria pensão por morte. Como não tinham para onde ir e
como viver, Cruela implorou perdão às enteadas, que com sabedoria compram
uma passagem só de ida para a terra
natal de Cruela, Ruanda, na África e nunca mais tiveram notícias da família e a
avarenta Cruela virou uma lenda urbana
que era contada para as crianças da cidade como um lembrete de que, no final, o
amor sempre triunfa sobre a maldade, pois mesmo após a morte o pai protegeu as suas filhas.
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