Pergunte o que há dentro de mim que eu responderei de pronto – o vazio existencial - o vazio corpo e da alma- e não sei como explicar porque me sinto assim, que não consigo deixar adentar dentro de mim a beleza da vida, o carinho das pessoas e sabedoria divina. Tudo está ao meu lado, o bem e o mal, o feio e o bonito, certo e o errado e eu sequer consigo analisar o que devo absorver ou excluir. A vida segue o seu curso natural e eu aqui, estagnada. O mundo oferece tudo e eu, paralisada até os sonhos, que antes, fervilhavam dentro de mim desaparecem como as tempestades de verão. Sonhos que antes eram contidos apenas pela procrastinação crônica, a minha única e velha amiga desde a mais tenra idade, até eles eu não consegui reter. A sensação que tenho é que quando morrem os sonhos, não resta mais nada. O último vestígio de sentimento dentro de mim é o medo da morte, da solidão eterna, se em vida, não consegui interagir com as pessoas, serei capaz de fazê-lo depois de morta? Conseguirei interagir com os espíritos solitários que vagam de túmulo em túmulo em busca de luz ou de vingança?
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