O meu empenho em fazer o bem às vezes acaba me dando mal. Um mês após a internação de meu namorado, quando ele saiu da UTI e foi para o quarto, as visitas estavam proibidas em virtude da pandemia do Covid-19, porém, ele já estava em posse de um celular e todos os dias, com a melhor das intenções, para levantar o astral, eu lhe enviava uma mensagem positiva, e uma vez por semana, eu lhe telefonava para saber do progresso até que um dia, eu liguei e ele recusou a minha chamada. Uma profunda humilhação! Não liguei novamente, porém, quis que ele soubesse que eu estava ferida e enviei-lhe um emoji de choro, o qual ele teve a audácia de enviar uma mensagem de voz, para saber por que eu chorava, eu disse a verdade, e a emenda ficou pior do que soneto, ele disse com a maior cara de pau que não sabia era eu. Ora, ele só recusou porque era eu. Ninguém recusa chamada sem antes olhar quem está do outro lado e para completar, ainda teve a cara de pau de enviar mensagem de bom dia, mas eu não retornei porque há um limite para tolerar humilhação da pessoa querida. Se fosse um homem milionário e eu fosse a sua única herdeira, talvez perdoaria esta grosseria, mas recebedor de salário mínimo, portador de várias comorbidades e esnobando quem está do seu lado na alegria e na dor, há limite de tolerância! Tô Fora!
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