A melhor fase da vida, sem a menor dúvida é a
infância, quando se vive apenas o momento e há prazer nas pequenas descobertas
diárias, Inicia-se as perguntas o que é?
Depois vem a fase do para que serve? E assim
vai assimilando a cultura,
moldando a personalidade até chegar a
fase do nada aqui presta, tudo que não é meu é o melhor e, para alguns rebeldes
sem causa, é hora de ir à luta em busca dos sonhos, que estão longe de ser a
construção de uma família unida e feliz, mas dinheiro, festas, prestigio
social. Infeliz é aquele que escolhe este caminho!
Investir toda
a energia na vida laboral produz uma euforia temporária porque é uma fase relativamente
curta, se comparada com a soma da infância, adolescência e aposentadoria. É a fase dos egos inflados, rodeados de
colegas falsos, que bajulam muito, na expectativa de uma indicação;
interesses pessoais, disputas prevalecem
enquanto a amizade sincera é negligenciada. Mas o tempo passa, o corpo
cansado pede repouso, aposentadoria chega, e com ela, a doença, a carestia e a solidão.
Quem foi
hábil, e conseguiu conciliar trabalho,
formação de família e manutenção de amigos de infância é feliz porque têm uma
razão para continuar a viver. Ajudar na criação dos netos, esperar
ansiosamente pelos bisnetos e
compartilhar as mazelas e alegrias da vida com os amigos dá sentido a
vida e torna a espera da morte suave como uma brisa vespertina. O ingênuo que dedicou a sua vida somente a
carreira, com a aposentadoria, os que se
diziam amigos desaparecem, avós, pais e
tios já despediram desta vida, e como não se formou laços de afetos com os
primos, perdeu-se o contato. Surge então uma triste rotina:
Apenas cuidar da alimentação e esperar a hora da morte, que sempre tarda a
chegar para os solitários.
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