Para alguns jovens inexperientes, pode
parecer algo impossível de acontecer, mas é
fato incontestável: o amor acaba e por várias razões. A criança que devotava um profundo amor aos
seus, porém, no decorrer de sua vida,
ouvia deles apenas palavras de ofensas e desvalorização de sua pessoa, lá
pelos trinta anos, apenas convive com
eles por obrigação moral, caso seja uma pessoa religiosa e temente a Deus ou se depende financeiramente deles. Em casos de filhos que não temem as leis
divinas e bem sucedidos
profissionalmente,esquecem seus genitores, trilham outros caminhos e sequer
levam os netos para desfrutar da companhia dos avós, não por
temer represálias dos velhos, mas porque não consegue associá-los a carinho e afeto e esperam ansiosamente a
morte deles para apossar da herança, e na falta dela, também almejam a partida deles o
mais breve possível, temendo gastos
futuros com as doenças características da idade que possam dilapidar o patrimônio arduamente conquistado.
Quem não pensou que fosse morrer, com o término do primeiro
amor, aquela paixão avassaladora, que o fez enfrentar os pais, afastar-se dos
amigos, perder um ano escolar e de repente, em uma noite de lua cheia, ouviu-se
da pessoa amada, é o fim do nosso amor, você é
uma pessoa maravilhosa, mas eu encontrei outra melhor do que você , e
tenho certeza, que encontrará outra melhor do que eu. Nesta situação vale tudo,
atirar pituca de cigarro na rua,
devorar barras de chocolates, taças e
taças de sorvetes, de vinhos e deixar-se dormir em uma mesa de bar. Fim de um
amor é doloroso!
São tantos os amores que se tem nesta
vida e tantas as maneiras de terminá-los. Ah! Os sonhos profissionais! Quantas pessoas,
desde a adolescência sonharam com uma determinada profissão, não puderam aproveitar a juventude porque os
seus dias eram consumidos debruçados sobre os livros, estudando e estudando,
para as provas do ensino fundamental, médio, para o vestibular e Enem, depois
novamente as provas, nos cursos universitários, enfim, o primeiro emprego, na área
que escolhera e dedicara anos de sua vida. Felicidade plena, não somente pela independência financeira, mas pela realização profissional, pelo prazer
da conquista, pela expectativa de mudar
o mundo e do convívio com pessoas
inteligentes e amigas. Não são necessários mais de cinco anos, para que o
incauto perceba que as mazelas da vida estão em todos os ambientes e classes
sociais. Os assuntos sempre giram em
torno de dinheiro, questões familiares,
doenças e lazer. Muda-se o local e o valor,
mas a essência do assunto, não. Assim, um mundo tão arduamente conquistado, devagar vai se tornando na mais
tediosa rotina e o amor ao trabalho acaba, torna-se apenas uma obrigação necessária
para viver em um sistema capitalista.
De todos os finais de amores, o mais
triste é o fim do amor pela vida. Quando
se perde o amor à própria vida, a
esperança parte na velocidade da luz e a tristeza toma posse do coração da
pessoa que perdeu a fé em Deus, na natureza, nas pessoas, assim, abre-se a
porta para tormenta.
Tão certo quanto às estações do ano,
amores nascem e morrem constantemente, é
como as sementes quando lançadas ao vento, podem germinar em lugares incertos e inóspitos e
também perecerem em terras férteis. Assim sempre foi e sempre será porque amor
pleno e feliz, somente no paraíso bíblico, aqui na terra, é a eterna busca pela felicidade no prazer de amar e ser amado.
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