Estive em sua cidade para
apreciar a praia e
banhar-me nas águas do Oceano
Atlântico, mas desiste da ideia em virtude da
sujeira da praia e da bandeira
vermelha alertando que a água estava imprópria para banho. Diante
do plano frustrado, não tive alternativa a não ser procurar outra atividade
para aproveitar o final de semana, aí encontrei o Palácio das
Artes, local belíssimo, um verdadeiro oásis
na cidade. Valha-me Deus, como é quente! Por coincidência havia a apresentação gratuita de uma peça
teatral infantil, com crianças talentosas transmitindo mensagens importantes
para o momento atual, em que se vive uma violência generalizada, principalmente
virtual.
Observei que os turistas não estão
preparados para freqüentar local público e, pelo fato da cidade ser uma
Estância Balneária, tomo a liberdade de sugerir aos responsáveis
pelo grupo de teatro do Palácio das Artes que aproveitem estes talentos emergentes em
atividades artísticas na praia, depois
do por do sol e antes das estrelas, para
conscientizar os frequentadores para a importância de cuidar do espaço
que desfrutam ocasionalmente, sem interferir na
biodiversidade marítima e deixando-o em condições de uso para os
próximos visitantes. A arte da performance
incita, mais de que uma propaganda, a uma atitude crítica com grande chance de
desembocar em uma ação benéfica em virtude da proximidade emocional do público com o performer cujo trabalho, consistirá em orientar a
percepção do espectador para as conseqüências drásticas da poluição dos oceanos.
Neste tipo de atividade, a relação
custo/beneficio costuma ser vantajosa,
já que todos os lados saem lucrando: Os
artistas, que deram vazão ao seu ímpeto criativo, a cidade que ficará mais
limpa e o visitante que, além de apreciar um espetáculo gratuitamente, com
certeza, retornará à cidade natal,
melhor do que quando a deixou. Performances
simples, como um ator, com um figurino
impactante, distribuindo sacolas aos
banhistas para recolherem seus lixos, outros elementos do grupo, encenando o sufocamento das tartarugas e
golfinhos com plásticos abandonados nas praias. Apresentação musical, com
repertório exclusivo de músicas que falam de preservação do meu ambiente e
de valorização da vida é uma boa opção, dará oportunidade a novos artistas sem onerar os munícipes. Arte para todos e com consciência ambiental, é tudo que o
planeta precisa. Por favor! ao
entardecer, nada de apresentações ao meio-dia, com o sol a pino. Barbaridade! O
sol aí queima mais do que o daqui!
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