segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Papo com artistas locais




          Estive em sua cidade  para  apreciar    a praia e banhar-me   nas águas do Oceano Atlântico, mas desiste da ideia em virtude da  sujeira da  praia e da bandeira vermelha  alertando  que a água estava imprópria para banho. Diante do plano frustrado, não tive alternativa a não ser procurar outra atividade para  aproveitar o  final de semana, aí encontrei o Palácio das Artes, local belíssimo, um verdadeiro oásis  na cidade. Valha-me Deus, como é quente! Por coincidência  havia a apresentação gratuita de uma peça teatral infantil, com crianças talentosas transmitindo mensagens importantes para o momento atual, em que se vive uma violência generalizada, principalmente virtual.
          Observei que os turistas não estão preparados para freqüentar local público e, pelo fato da cidade ser uma Estância Balneária, tomo a liberdade de sugerir aos  responsáveis  pelo grupo de teatro do Palácio das Artes  que aproveitem estes talentos emergentes em atividades  artísticas na praia, depois do por do sol e antes das estrelas, para  conscientizar os frequentadores para a importância de cuidar do espaço que desfrutam ocasionalmente, sem interferir na  biodiversidade marítima e deixando-o em condições de uso para os próximos visitantes.  A arte da performance incita, mais de que uma propaganda, a uma atitude crítica com grande chance de desembocar em uma ação benéfica em virtude da proximidade emocional  do público com o performer  cujo trabalho, consistirá em orientar a percepção do espectador para as conseqüências drásticas da poluição dos  oceanos.
          Neste tipo de atividade, a relação custo/beneficio costuma ser  vantajosa, já que todos os  lados saem lucrando: Os artistas, que deram vazão ao seu ímpeto criativo, a cidade que ficará mais limpa e o visitante que, além de apreciar um espetáculo gratuitamente, com certeza,  retornará à cidade natal, melhor do  que quando a deixou. Performances simples, como  um ator, com um figurino impactante,  distribuindo sacolas aos banhistas para recolherem seus lixos, outros elementos do grupo,  encenando o sufocamento das tartarugas e golfinhos com plásticos abandonados nas praias. Apresentação musical, com repertório exclusivo de músicas que falam de preservação do meu ambiente e de valorização da vida é uma boa opção, dará oportunidade a novos artistas  sem onerar os munícipes. Arte para todos  e com consciência ambiental, é tudo que o planeta precisa.  Por favor! ao entardecer, nada de apresentações ao meio-dia, com o sol a pino. Barbaridade! O sol aí queima mais do que o daqui!

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