Caminhada do medo que invade o
corpo e a alma. Sim, durante a minha jornada em busca de libertação do jugo
familiar e à procura de um amor, tantas foram as situações difíceis que por
vezes, parecia que o chão fugia de meus pés e que o céu iria desabar sobre a
minha cabeça. De repente, o último vestígio de esperança, a tão falada
luz o final do túnel se apagava e imperava a escuridão e o tempo parecia
parar, agora, olhando pelo retrovisor da vida, ainda sinto o mesmo terror
que paralisava o meu raciocínio e eu não conseguia pensar em uma maneira de
seguir adiante.
Sempre que puxo pela memória, os medos estão por perto, à espreita prontos para
invadir, e não medo de sentir medo, mas medo real, diante de um perigo eminente
como o de ser expulsa de casa, pelos meus pais, caso não seguisse as suas
regras; o medo de eles morrerem e eu não ter o que comer e onde morar. O medo
de ser rapitada e vendida para uma fábrica de fazer sabão, como dizia a
minha avó. O medo de não conseguir aprender a tabuada e ter que ficar ajoelhada
sobre grãos de milho, de ser reprovada e não poder voltar a escola, não
que eu gostasse de estudar, mas durante o período de aula, eu descansava dos
serviços domésticos.
]Aprendi na escola que o medo é uma herança ancestral e cultural e
experimentados por todos os povos desde sempre e graças a este medo, o
homem sobreviveu aos perigos, porque temeu, ficou à espreita, estudou os
inimigos e os venceu, umas vezes com a força bruta e outras pela inteligência. A
humanidade evoluiu, principalmente no quesito tecnologia, mas o fiel medo
permaneceu e cresce a cada dia, tememos dos vírus até os nossos
semelhantes, e até os perigos que vem do céu aumentaram, antes, somente cometas
e asteroides, agora, é lixo espacial caindo para tudo enquanto é lado isto sem
falar em guerras, tráfego humano, desemprego, mudanças climáticas e por aí
afora. O medo gera inimigos reais e imaginários.
-Será
que um
dos piores medos é aquele que transforma o outro num inimigo ameaçador?
-Quantas vezes, diante de situações de medo,
agimos com precipitação?
-Já tivemos medos que provaram não ter
fundamento?
- Quantas vezes nos deixamos levar por medos
enganosos?
São tantas as questões sobre o medo que tenho
medo até de pensar sobre o medo, pois não houve um único dia em minha
vida que não temi algo.
E você, que leu este post, qual o seu
maior medo? Responda nos comentários.
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