Foi bom aceitar o convite para passar o natal em casa de amigos. Dois anos dentro de casa com medo do coronavírus e mais recentemente, do H3n2, sair e divertir um pouco alegrou o meu espírito. Foi uma recepção calorosa, comida farta, porém, uma comemoração vazia, sem o simbolismo e magia da data. Não havia nenhuma decoração referente à data, sequer uma bolinha vermelha perdida em um canto qualquer da mesa e o Menino Deus sequer foi lembrado. Os assuntos giraram em torno de fofocas familiares e nada mais. Comer por comer, sequer foi servido os pratos convencionais porque os anfitriões disseram que agora são vegetarianos. Não os recrimino por esta pequena mentira porque com o preço abusivo das carnes, se- formou dois grupos de vegetarianos: Os convictos que realmente acreditam que abdicar da carne é melhor para o organismo e para o meio ambiente; e do outro lado, os envergonhados, sem condições financeira para adquirir o produto se viram obrigados a reformular o cardápio natalino. São tempos difíceis e com a perda da fé e magia do Natal, a esperança se finda e o vazio existencial invade a alma.
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