quarta-feira, 15 de setembro de 2021

O monstro da casa de janelas vermelhas

                

          Eram outros tempos!   A família de Rosalina estava de mudança   para a fazenda Barreiro, o seu primeiro pedaço de chão.  As terras foram  vendidas a um preço bem abaixo do mercado porque os antigos proprietários eram supersticiosos e acreditavam que o monstro que guardava o tesouro enterrado debaixo do assoalho da sala da casa  não os queria lá   porque não os deixava dormir  a noite.  De meia-noite às cincos horas da manhã, cancelas, porteiras, portas abriam e fecham incessantemente,  e  o som ensurdecedor de gritos de dor e de correntes sendo arrastadas,  obrigava os moradores a irem repousar com os animais no estábulo. Outro mistério que os intrigava era a  cor das janelas: vermelho sangue.   E inúmeras foram as tentativas de  pintá-las, não importava a cor utilizada, ao primeiro raio de sol,  o vermelho parecia ainda mais vivo. Era assustador!   Não havia explicação científica para o fenômeno, e o que a ciência não explica o povo se encarrega de fazê-lo, à sua maneira e muitas  histórias  eram contadas, mas não intimidaram João Francisco  Silveira e ele fechou  o negócio; era uma oportunidade única,  bom preço, terra boa, própria para a agricultura e criação de gado leiteiro. A  casa  era bem  grande, com  beira e eira,  quatro quartos, sala de visita, sala de jantar, cozinha, dispensa, quarto de despejo,  varanda e  alpendre, era bem velha, já tinha mais de cento e cinquenta anos, porém, atendia as necessidades da família que apesar de ser composta apenas de três  pessoas, precisava de  espaço para trabalhadores nos dias de marcação de gado, plantio,  colheita e visita de parentes. Ele estava satisfeito com o negócio e  a sua senhora, apavorada, já prevendo as dificuldades que enfrentaria na nova morada. Quanto  à filha do casal, em sua ingenuidade, estava ansiosa  para encontrar o tesouro enterrado e enfim, poder se cobrir de jóias como uma princesa dos contos de fadas.

          Naqueles idos tempos, na zona rural, o transporte mais seguro para fazer uma mudança era o carro de boi. Amigos e vizinhos foram chamado  e enquanto desmontavam móveis e embalavam os pertences, a matriarca da família seguiu  na frente, partiu logo ao amanhecer,  de charrete,  em sua companhia, ia a filha e a cunhada, para  limpar a casa, que já  estava desabitada há uns dois anos. Temerosas, as  duas mulheres ao adentrar  a casa, rezaram o terço, lavaram paredes e pisos com sal grosso, e plantam  no jardim, arruda,  espada de São Jorge, guiné, comigo ninguém. Também colocaram em todos os cômodo da casa, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida  para reforçar  a proteção. Não esqueceram o casal de gatos, e dois cestinhos confortáveis foram colocados na sala, para que os bichanos  absorvessem as energias negativas do ambiente. Ao entardecer, os homens  chegaram, lamparinas e velas foram acessas e  foi um alvoroço. Na cozinha, as mulheres preparavam a comida   enquanto os homens se encarregavam de  botar tudo no lugar e cuidar dos animais que estavam  cansados da viagem e assim foi até  a  estrela d’alva desaparecer  do céu. Os primeiros raios de sol aqueceram os  homens na estrada em retorno ao lar e  a família, enfim, pode repousar um pouco. Dormiram até o meio-dia, acordaram  com os cachorros latindo,  pareciam estar acuando  algum animal embaixo do assoalho. Sem demonstrar temor, João Francisco pegou a espingarda e foi ver do  que se tratava enquanto sua esposa passava as contas do rosário com  os dedos trêmulos  implorando  por proteção divina. Rosalina observava tudo com a curiosidade peculiar de toda criança, porém, não arriscava a  perguntar  o que estava acontecendo porque já sabia a resposta: - quieta, isto não é assunto para menina da sua idade. - O patriarca da família   foi em busca do inimigo, mas nada encontrou, concluiu que poderia ter sido um rato ou uma cobra que atiçara a cachorrada,  disparou uma vez para dispersá-los e retornou a sua sesta;   o dia transcorreu  sem maiores novidades  e na hora de irem dormir, a matriarca sugeriu que Rosalina dormisse com  o casal alegando  ser a primeira noite na casa e era melhor que todos estivessem juntos. Não foi necessário mais argumentos porque  não encontrou oposição da parte de seu esposo. Foi uma noite tranquila e ao amanhecer, o casal concluiu que as histórias não passavam de lendas rurais ou de intrigas dos inimigos para desvalorizar a propriedade.

          A primeira semana na fazenda não foi fácil, uma verdadeira romaria de vizinhos, com o pretexto de  levar  uma quitanda,  oferecer ajuda e amizade, e claro, alertá-los sobre o perigo de continuar na casa, o melhor seria que construísse outra, lá para as bandas do riacho,  e narravam à sua maneira, a tragédia que envolveu os primeiros proprietários,quando estes foram expulsos da região, acusados de envolvimentos com feitiçaria e segundo os mais antigos, o que agravou a situação foi o fato de terem criado um monstro para proteger o  seu tesouro, pois não acreditavam na honestidade dos homens, assim dizia o povo. No dia  em que a família foi expulsa,  o ancião amaldiçoou a casa  e ordenou  à sua cria, o monstro invisível, que  pintasse a janela com o sangue das vítimas inocentes que  tombaram  em decorrência da violenta desocupação, principalmente, que as mantivesse sempre com esta cor para que a  injustiça,  a qual foram alvo, jamais fosse esquecida. Também lhe ordenou  que nunca permitisse que algum aventureiro se apossasse de seu tesouro, que  estava destinado aos seus  descendentes da sétima geração. Assim dizia o povo, finalizavam  a narração. Rosalina não sentia medo  das histórias contadas pelos vizinhos, e a cada nova versão do fato, sua curiosidade aumentava, mas a mãe não lhe tirava os olhos e ela não podia investigar.  Por prudência ou   por falta de tempo, não se sabe, fato é que  os novos moradores não se aventuraram a procurar o tesouro nem a  pintar as janelas com outra cor e assim se transcorrem duas colheitas do algodoeiro na mais perfeita  harmonia. As  visitas diminuíram e a vida seguia o seu curso até o dia do vendaval que destelhou a casa, arrancou  as janelas e muitos outros estragos, então,  João Francisco decidiu que o melhor seria  uma reforma completa, contratou mão de obra especializada, comprou material  e deu início a reforma.

          Os trabalhos iam bem,   sem nenhum imprevisto  ou acontecimento sobrenatural, o medo desapareceu e em seu lugar surgiu  à ganância e o desejo de  enriquecimento rápido, os trabalhadores não pensavam em outra coisa, senão no tesouro enterrado e aproveitando o dia em que  os proprietários foram a  cidade comprar matérias que faltavam e mantimentos, eles deixaram o trabalho de lado, arrancaram as taboas do assoalho da casa, e puseram-se a cavar freneticamente com a força que somente uma ambição desenfreada é capaz de proporcionar. Após uns sete minutos de trabalho,  ouviu-se o primeiro grito de dor. O chefe dos trabalhadores parecia ter enlouquecido,  lutava com  um inimigo invisível, implorava que parassem de surrá-lo; quando     marcas de chibata surgiam em seus braços e rosto, sem que ninguém visse o seu algoz é que perceberam a gravidade da situação e  decidiram  socorro, porém, foram igualmente açoitados, e por mais que se esforçassem, não conseguiam  abandonarem o local.  O medo,  o susto  e as dores não os permitiam raciocinar e elaborar uma estratégia para fugir; até   o Afonso, que se dizia  ateu, clamou pela  ajuda divina e ela veio  pela boca do mais velho do grupo, que propôs  deixar tudo como estava e   partirem o mais rápido possível. Quando  bateram  o último prego no assoalho arrombado, o castigo cessou,  eles  pegaram suas ferramentas com a promessa de nunca mais retornarem, mas um corpo  mole, grande e invisível os impedia de avançar e por mais esforço que fizessem, não conseguiam dar um passo adiante, pareciam estar cercados. Apavorados com impossibilidade  de deixar o locar,  gritaram, esbravejaram, chutaram o imperceptível, imploraram e nada, clamaram providências divinas, mas nenhuma ajuda veio do céu. Após horas de esforços inúteis, optaram por retomar o trabalho  para que o patrão  não  percebesse  que tentaram encontrar o  tesouro escondido e os levassem as autoridades e   trabalharam  arduamente até o por do sol e aparentemente, esqueceram o assunto.

          Apesar dos protesto da esposa, João Francisco optou por   pintar a casa em estilo colonial, paredes brancas e janelas azuis. Os profissionais contratados recusaram   o serviço alegando alergia à tinta, inexperiência, entre outras desculpas esfarrapadas, que pudessem encobrir o temor  de novamente, provocar a ira do monstro invisível. Sem a mão de obra necessária, João Francisco  se  encarregou  da pintura deixando as janelas por último, que foram pintadas de azuis e azuis amanheceram. A notícia se espalhou rápido. A vizinhança  esqueceu os seus afazeres e marchou para uma visita especulativa e como fato não explicado é fato comentado, não demorou a que rumores sobre o fim da maldição  fosse o assunto mais discutido nas rodas de mexericos o que reacendeu o desejo  de uma verdadeira caça ao tesouro.  Um grupo de homens com espírito  aventureiro e pouca coragem, foram ao cartório certificar-se   que a atual  família não  era  a herdeira. Não foi difícil averiguar que  o nome  do construtor da casa era: João Pedro  Emiroglu e sem uma pesquisa  genealógica profunda, concluíram que os Silveiras não eram  descendentes do  primeiro proprietário, - “ era sim, o fim da maldição,” e sorriam satisfeitos, os vizinhos gananciosos.

          Para  roubarem o tesouro, era preciso afastar  a família, no mínimo, durante três dias. Dividiram-se  em dois grupos. Um formado pelos homens mais fortes e valentes  responsáveis pela caçada, que se ofereceriam para cuidar dos animais durante a ausência das famílias viajantes, e  o outro, dos   amáveis e festeiros, que  entreteriam  os Silveiras, o que não foi difícil porque  Zé Agripino tinha um filho  em idade de casar,  e o mais rápido que pode, providenciou uma noiva em um arraial distante, a um dia de viagem, e convidou João Francisco e a senhora para padrinhos, deixando claro que não aceitariam um NÂO como resposta. Tradicionalmente os casamentos se realizam na casa da família noiva, e  a véspera do enlace, metade da vizinhança partiu em seus  lentos carros de boi. Com o êxito do plano, o grupo dos  “valentes”, marchou  em busca de riqueza fácil.

          Cegados pela cobiça,  ignoraram o  retorno da cor vermelhas as janelas, como a alertá-los do perigo iminente e avançaram determinados a encontrar  o tesouro enterrado há  quase  dois séculos. Foram recebidos pelos dois cachorros perdigueiros, que agiam como verdadeiros cães de guarda. Á medida que iam se aproximando da porta da sala,  o barulho  dos cães ia ficando ensurdecedor, parecia uma verdadeira matilha  enfrentando uma fera perigosa. Nada disso os intimidou e  o  no instante em que o   Senhor Tião, o  chefe do grupo, pegou as ferramentas para tentar arrombar a fechadura, foram jogados a uns dez metros de distância, porém, não se renderam tentaram  novamente, e mais uma vez tiveram seu propósito frustrado. Na  sétima tentativa, não conseguiram mais avançar, pareciam cercados por milhares de    animais invisíveis que rosnavam furiosamente, impedindo-os de retomar o seu intento ou as suas casas.  A situação inusitada perdurou até a hora mágica do crepúsculo, quando um silêncio sepulcral caiu sobre  o local.  Cansados, sedentos e famintos,  conseguiram retornaram aos seus lares  e  pelo caminho,  discutiam  uma nova estratégia para vencer o inimigo invisível.

          Na alvorada do segundo  dia de tentativa de caça ao tesouro, os ambiciosos chegaram ao local  carregando não somente as ferramentas necessárias ao trabalho,  mas todos os amuletos de proteção encontrados em seus lares, nem a água benta da bisavó fora esquecida. Confiantes em seus patuás, não recuaram  diante do enorme monstro vermelho,  de mais de  setenta metros de comprimento, com aparência de uma cobra  píton-reticulada, que protegia a casa. Determinados a  conseguirem o tesouro a qualquer custo, decidiram que  atacariam  com as picaretas ao mesmo tempo  e assim, reduziriam a estranha criatura a mil pedacinhos em frações de segundos. Ledo engano!  Já no primeiro ataque, os homens perceberem que a luta não seria fácil, pois   eles sentiam as dores  decorrentes dos golpes; além de não conseguirem o seu intento, porque  o corpo da criatura parecia ser de fumaça, se viram obrigados  não só a recuar, mas também,  a  esquecer do tesouro. Para não admitir a derrota  perante os outros companheiros, alegariam que desistiram do plano   em respeito a um dos  Mandamentos da Lei de Deus “Não roubar”  e que temiam as chamas eternas do fogo do inferno.

          A família retornou  e encontrou  a casa branca  de  janelas azuis,  bastante empoeirada e  o cheiro de mofo era forte. A poeira sob os móveis, o odor desagradável, característico de ambiente sem ventilação, irritou a matriarca e junto com a filha, iniciaram uma faxina pesada e João Francisco, com receio que lhe incumbisse de algum reparo, alegou precisar vistoriar a propriedade para ver se  tudo estava em ordem e partiu para a lida no campo.  Rosalina ajudava no que podia, era  apenas uma criança de sete anos, enquanto trabalhava, pensava nas  histórias  sobre o tesouro e em como encontrá-lo. A água acabou e sua  mãe precisou ir  a nascente  para reabastecer  os potes, então, ela aproveitou para iniciar a sua busca. Não foi difícil, uma taboa do assoalho estava solta e assim que a retirou, surgiu em sua frente, um simpático e sorridente  monstrinho vermelho,  parecido com um  filhote de pítion-reticulada, que  se propôs ajudá-la. Ele sequer esperou que a criança se recuperasse  do susto decorrente do encontro inusitado, e já lhe indicou o local exato onde ela devia cavar. Ela pegou a picareta do pai e  começou a trabalhar. A terra estava dura,  suas mãos ficaram cheias de bolhas de água, o suor  escorria em seu rosto, mas uma força sobrenatural  a fazia prosseguir, e mais rápido do que o esperado, ela encontrou um pequeno  cofre,  retirou-o cuidadosamente, depois cobriu o buraco com  a terra, despediu-se do monstrinho que  a agradeceu por  tê-lo libertado da difícil missão  que lhe fora atribuída pelo seu criador e desapareceu no ar como fumaça.

          Rosalina não conseguiu abrir o cofre e  com medo da reação  da mãe que temia os mistérios do universo, escondeu-o  em seu quarto e  retornou aos seus afazeres  com a inocência de um bebê  em um sono profundo. O dia transcorreu sem outra novidade. Após o jantar, enquanto a mãe lavava a louça, a pequena, com a desculpa que vira  um bicho em seu quarto, pediu ao pai que fosse  retirá-lo. Ele não negou e adentrou  ao recinto    pronto para lutar contra qualquer inimigo para proteger a filha. A criança confessou que mentira  em relação a bicho, queria apenas contar-lhe o que havia acontecido em sua ausência, não esqueceu um só detalhe. João Francisco   fez que acreditou, acariciou-lhe os cabelos e disse  estar orgulhoso de ser pai de uma criança tão criativa, mas que já era hora dela dormir. Antes que o  seu genitor se retirasse, Rosalina  retirou  o cofre de seu esconderijo e  com as mãos trêmulas de emoção e curiosidade,  entregou-o ao pai. Estava trancado e eles não tinham a chave, mas  o matuto,  acostumado a resolver todos os problemas da propriedade, vasculhou a sua caixa de ferramenta e  após infrutíferas tentativas  conseguiu abri-lo. Em seu interior não havia  a riqueza esperada - O que  é isso papai, indagou a criança. – É um grande achado! O diário de João Pedro Emiroglu explicou o pai e ordenou que chamasse a mãe urgente. A esposa chegou irritada e  perguntou do que se tratava.  Ao ver o diário o ar lhe faltou, e quase  desfaleceu. As histórias da família  passaram em sua mente como um filme. Não pode  ser! Então  é verdade! Dizia a si mesma.  O marido a acomodou e indagou a razão de tamanha surpresa ao ver o diário.  -Eu  e minha filha somos descendentes do feiticeiro construtor desta casa onde moramos! Sou filha de  uma Emiroglu, fui registrada apenas com o nome paterno de  “Pereira” que posteriormente, com o casamento fora trocado para “Silveira.”     

           O diário,   descrevia a aventura  dos Emiroglus, a partir do momento em que foram obrigados a  deixar a Turquia em virtude de perseguições políticas; os perigos  durante a viagem a bordo  de um navio cargueiro,as dificuldades  na convivência com o povo de outra cultura, que falavam outra língua, os preconceitos enfrentados, as batalhas travadas para conseguirem as terras,  e principalmente,  o  imenso desejo de  que  a saga da família  exilada  não se perdesse nas brumas do tempo. Consultaram o parente mais velho da  Senhora,  e juntos, fizeram a árvore genealógica da família e  concluíram que Rosalina, era sim, a primeira descendente  da 7ª sétima geração do  imigrante João Pedro Emiroglu e  arquitetaram um plano  para  atender o pedido do  patriarca  Emiroglu:

-   A partir da filha, toda criança teria  nome composto, sendo o segundo, “Emiroglu”. Apesar de  já ter completado sete anos de idade, ainda não fora registrada em cartório,  e seria registrada como Rosalina Emiroglu da Silveira;

-  Fariam um testamento doando a terra onde viviam aos seus descendentes e que estas somente poderiam ser vendidas pelos  descendentes da 70ª geração de Emiroglu;

- As janelas  seriam sempre pintadas  de vermelho sangue;

- Manteriam viva a lenda do monstro acrescentando sempre um novo episódio horripilante a cada 25 anos;

- A história da trágica desocupação deveria  ser fielmente repassada, de geração a geração; coube a João Francisco  a responsabilidade de pesquisar a versão oficial da tragédia;

-  A cada nova geração, um membro se responsabilizaria pela escrita de um diário, que após a sua morte, deveria ser enterrado junto ao primeiro;

- Como não encontraram a fórmula usada por João Pedro que possibilitou a criação do monstro, usariam  de toda a tecnologia  existente para   assombrar  os hóspedes, sempre na última noite  em que dormiriam na fazenda e assim, manteriam viva as lendas, afastariam possíveis compradores e invasores de terra;

- Todos manteriam em segredo o plano.

Enfim, João Pedro Emiroglu pôde descansar em paz! A terra que ele tanto amou   e pela qual tanto lutou, permaneceria na família  por  mais 70 gerações. Lá do céu, abençoou os seus descendentes!

 

 

         

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