Amanheceu sem chuva e com os raios de sol apontando com a promessa de calor após dois dias seguidos de chuva fria e constante, porém, o sorriso não perdurou muito no rosto dos apaixonados pelo verão e a promessa de uma alegre despertar, ficou apenas na promessa porque as águas se foram e os ventos frios e gelados ocuparam seu lugar e a temperatura chegou a seis graus durante a madrugada. Quem estava bem aconchegado debaixo dos cobertores teve um sono tranquilo, porém, as pessoas que vivem nas ruas da cidade, tiveram para se proteger, apenas papelões e cobertores baratos oferecidos pelas pessoas caridosas.
O Presidente da República avisou logo no início da pandemia que “era preciso salvar vidas sem descuidar da economia”, mas não deram atenção. O número de desabrigados cresce, são famílias inteiras nas vivendo nas calçadas: gestantes, crianças, idosos e adultos. Pessoas honradas e trabalhadoras que perderam o emprego em virtude da quarentena imposta pelo estado.
Na condição de morador de rua, o charme do inverno desaparece logo nas primeiras horas que se instalam na nova morada. Sem roupas quentes, confortáveis e bonitas, com o vento a congelar até os ossos, essas pessoas esquecidas pelo poder público, estão impossibilitadas até de sonhar porque simplesmente não conseguem dormir e anseiam pelos primeiros raios do sol, tudo o que lhes restou, o calor do sol.
Temperatura 16 º
Umidade relativa do ar 62%
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