quarta-feira, 14 de abril de 2021

Diálogo interior

 Triste  é constatar   que ninguém é culpado pelos meus fracassos. A culpa é minha, somente minha. Eu desenvolvi o bruxismo que  vem acabando com os meus dentes, hoje quase todos implantes e agora estou a ponto de perder os implantes apesar de   usar a placa. O dinheiro que já investi  em  minha arcada dentária, eu teria comprado um carro zero ou até dois.  Concluo que o bruxismo é uma autosabotagem. Sempre que planejo uma viagem que acredito que me fará feliz,  aparece um problema e eu deixo todas as minhas economias  em algum consultório odontológico.

Sempre quis dançar, de início não tinha a permissão de meus pais, depois por falta de tempo e dinheiro. Agora que disponho dos dois elementos essenciais: tempo e dinheiro, para  poder rodopiar pelos salões, desenvolvi labirintite e problemas nos  joelhos, o que me trava, sinto dores, náuseas. E como se isto não fosse o suficiente, não consigo memorizar os passos e ensaiá-los em casa. Vale ressaltar que tenho tempo de sobrar par treinar e não  tomo a iniciativa.

Aprender outro idioma   é um desejo que me acompanha desde a infância. Gastei altas somas em dinheiro com matriculas em cursos de italiano, inglês, espanhol, francês, em compra de material, mas nunca segui adiante e pude comprar por experiência própria que olhar o material de estudo fechado na estante por 25 anos, não leva a aprendizagem, apenas a perda  financeira e a sensação de fracasso.

Tenho a consciência que tenho que emagrecer pelo menos 10 quilos para aliviar o peso nos meus joelhos e tornozelos, porém, a compulsão alimentar é a minha companheira diária e não é qualquer alimento que satisfaz a minha gula. Meu apetite é exigente. Ele exige frutas, carboidratos e doces. Não me dou por satisfeita com uma porção. Quando compro uma caixa de bombons, como-a de uma vez, e assim é panetone e outros, menos com verduras e legumes. Estes,  perdem na geladeira. Tenho ciência  que estou me prejudicando, mas não  consigo controlar a minha compulsão, já cheguei a comer um frango assado  inteiro, destes de padaria.

Quando fiz faculdade, ao iniciar o estágio, sofri um acidente e quebrei uma perna, e como estava  amparada por um atestado médico  as atividades foram facilitadas para mim e  novamente, agora que iniciei  outro curso, desencadeei  infecção urinaria de repetição.  No ano passado tomei antibiótico três vezes e este ano mais uma vez o que não é nada saudável. As crises  sempre surgem  em momentos que eu tenho algo  a fazer que me traria felicidade. Parece que eu tenho medo de ser feliz, de se realizar profissionalmente.  Às vezes chego a pensar que eu tenho necessidade de  ter uma infelicidade crônica, como a de minha mãe que também tinha crises  freqüentes de infecção urinária.

Estes são alguns dos absurdos  que cometo diariamente.  Já gastei dinheiro por longos oito anos  com psicólogos, livros de autoajuda, benzedeiras e  terapias  holísticas, palestras motivacionais  e muito mais e ás vezes penso que de nada resolveu. Mas por outro lado fico pensando, se eu não tivesse feito tudo isso, eu poderia estar sem nenhum dente original na boca,  pesando  uns duzentos quilos, presença frequente nas Upas com crises de labirintite  e muito mais. Pode ser que sim, pode ser que não. Fato é que estou infeliz, ansiosa e com vontade de mudar e tomei uma atitude, marquei uma consulta com um médico homeopata, quem sabe agora que consiga  resolver a minha ansiedade crônica. Estou confiante e  no próximo post, escreverei a  respeito da consulta. Até logo e obrigada pela leitura.

 

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