Tentar vencer a compulsão alimentar e as doenças psicossomáticas foram os motivos que me levaram ao consultório homeopático. Enquanto estava na sala de espera, todas as pessoas que saíam, elogiavam o respectivo doutor. Após mais de uma hora de atraso, finalmente fui atendida e não fiquei lá em dez minutos. Assim que respondi a tradicional pergunta: o que a trouxe aqui? E eu comecei a narrar as minhas mazelas, o Doutor já disse o nome de minha síndrome e prescreveu o medicamento, assim que cheguei em casa, aviei a receita via WhatsApp e recebi em casa sem mais transtornos..
Confesso que fique frustrada, paguei uma consulta particular e acreditei não ter sido bem atendida e ao chegar em casa, fui direto ao computador procurar a bula do medicamento e então, compreendi porque ele não deu atenção ao meu rosário de lamentações, de imediato, ele percebeu a minha carência afetiva crônica, o desejo de amada, admirada e cuidada e não alimentou aquilo que eu desejo me libertar.
Já tomei a primeira dose que é semanal, e principalmente, anotei na agenda do celular os próximos dias, até o dia da nova consulta, para evitar que minha mente sabote o tratamento e eu continue por toda a minha vida procurando um muro para lamentar e culpar os outros pelas minhas frustrações e fracassos, que são minha culpa, minha máxima culpa. Eu tenho a ideia, o desejo e o meio e me falta a ação, porém, quero confiar, que a partir de hoje, ATITUDE será o meu mantra diário. Se o medicamento é a muleta que preciso para seguir em frente alegre e feliz, a usarei com prazer. Sou grata, sou grata, sou grata.
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