domingo, 18 de abril de 2021

Dialógo interior II

     

Tentar vencer a compulsão alimentar e as doenças psicossomáticas  foram os motivos que me levaram ao consultório  homeopático. Enquanto estava na sala de espera, todas as pessoas que saíam, elogiavam o respectivo doutor.  Após mais de uma hora de atraso, finalmente fui atendida e não fiquei lá em dez minutos. Assim que respondi a tradicional pergunta: o que a trouxe aqui? E eu  comecei a narrar  as minhas mazelas, o Doutor  já disse o nome de minha síndrome e  prescreveu  o medicamento, assim que cheguei em casa, aviei a receita via WhatsApp e recebi em casa sem mais transtornos..

            Confesso que fique frustrada, paguei uma consulta particular e  acreditei não ter sido bem atendida e ao chegar em casa, fui direto ao computador  procurar a bula do medicamento e  então, compreendi porque ele não deu atenção ao meu rosário de  lamentações, de imediato, ele percebeu a minha carência afetiva crônica, o desejo  de amada, admirada e cuidada e não alimentou  aquilo  que eu desejo  me libertar.

        tomei a primeira dose  que é semanal, e principalmente, anotei na agenda do celular   os próximos dias, até o dia da nova consulta, para evitar que  minha mente sabote  o tratamento e eu continue por toda a minha vida procurando um muro para lamentar e culpar  os outros pelas minhas frustrações e fracassos, que são minha culpa, minha máxima culpa. Eu tenho a ideia, o desejo e o meio e me falta a ação, porém, quero confiar, que a partir de hoje, ATITUDE  será o meu mantra diário. Se o medicamento é a muleta que preciso para seguir em frente alegre e feliz, a usarei com prazer. Sou grata, sou grata, sou grata.

Nenhum comentário:

Postar um comentário