Helma está entre as mulheres
desprovidas de talentos. Desde o
seu nascimento que carrega a dolorosa sina de ser rejeita entre os familiares. Feia,
pobre, mal amada, educação escolar deficitária.
Sem grandes perspectivas profissionais, em sua cidade natal, partiu em
busca do sonho de uma boa situação financeira e realização profissional. Inexperiente,
sem apoio familiar, lutou
bravamente, mas conseguiu apenas
sobreviver com dignidade.
Os anos se passaram e ela se
viu no mesmo ponto de partida: Sozinha,
sem dinheiro, morando em um minúsculo apartamento
alugado. Para preencher seus longos e
sombrios dias, planta mudas de flores em
embalagens de leite longa vida. Assim que dão a primeira florada, ela as
coloca na calçada, na expectativa de que levem um pouco de alegria a outras
pessoas solitárias como ela e, quem sabe, se eternizará em cada germinar das novas
sementes.
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