Hoje, ela passou por uma extração e um implante dentário, e mais uma vez, sentiu o peso da pobreza a que está submetida após a queda em seu padrão de vida. Ela não realizou o procedimento com o melhor profissional, mas com o único que podia pagar.
O primeiro choque veio com o protocolo de atendimento. Nas primeiras vezes, ela havia feito o procedimento com dois dentistas, mas dessa vez havia apenas um dentista e uma assistente. O protocolo de preparação do consultório era diferente. Nas primeiras vezes, tudo estava coberto, incluindo a cadeira do dentista e a fechadura da porta. O dentista nem sequer vestia as roupas sozinho; ele levantava os braços e a secretária o vestia. A caixa de luvas, ele nem abria.
Eles colocaram uma touca em seu cabelo, jogaram um lençol com um buraco para a boca, olhos e nariz, colocaram óculos nela e cobriram toda a cadeira em que se sentava. Deram-lhe um líquido para bochechar e passaram álcool em suas mãos e rosto. Dessa vez, apenas um pano branco foi usado.
Após o procedimento, da primeira vez, ele deixou seu telefone residencial caso ela precisasse dele e orientou sobre os cuidados pós-implante. Nesta vez, ele apenas disse que a secretária entraria em contato para saber se ela estava bem, o que não aconteceu.
Sua única saída? Apelar para a proteção de Santa Apolônia e pedir bençãos aos céus e ao seu anjo da guarda. E agora, no pós-operatório, ela deve se alimentar apenas de comida fria e líquida e repousar, mesmo com o calor. Além disso, seu dentista está com uma tosse seca, adquirida após ter sofrido um enfarto. Quanta preocupação. Ser pobre é um ato de coragem. É colocar a vida em risco e à prova todos os dias.
E você, caro(a) Leitor(a), como têm sido a sua experiência com os profissionais do sorriso?
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