terça-feira, 1 de novembro de 2022

Dois dias após a eleição/2022

 

       Hoje é primeiro de novembro de 2022 e está chovendo. Uma chuva fina e constante já faz para mais de 20 horas. Graças a Deus, estou quentinha dentro de casa e o melhor, de barriga cheia, enquanto tantos estão famintos dormindo nas ruas geladas; como desfrutar desta benção com a consciência em paz? Admito: no momento, só tenho a agradecer.  O dinheiro está contato, mas tenho o básico.  No aconchego do meu lar, fico a observar a euforia das pessoas. O Brasil está divido: à esquerda, temos a turma do vermelho, que acredita cegamente na narrativa construída para conseguir  seguidores fiéis  que não percebam a discrepância entre o discurso e a realidade à sua volta; do lado direito,  está  o verde/amarelo que acredita no resgate dos valores universais e na religiosidade, na liberdade de expressão e na  economia. Enfrentando as intempéries, o  os verde/amarelo foram as ruas em apoio ao “Mito”  o presidente derrotado. Eu já viví momentos semelhantes e não acredito em um futuro próspero à curto prazo e menos ainda em um “Salvador da Pátria”, principalmente quando este já teve a  oportunidade de mostrar serviço, e não fez, preferiu encher os bolsos.

       Embora eu era ainda uma criança,  tenho em minha mente, a preocupação das famílias  em 1964, elas não sabiam ao certo o que estava acontecendo, os meios de comunicação  eram precários e as notícias demoravam a chegar. Eu participei nas ruas do “Diretas Já” e acreditei em uma  melhoria na qualidade de vida do pobre. Eu pintei a cara de verdade amarelo  e fui a rua pedir o impeachment de dois presidentes da  República e presenciei tentativas de assassinato de um candidato   e sabe o que aconteceu? O pobre ficando cada dia mais pobre e o rico, cada dia mais rico. Esta euforia toda não vai dar em nada, a esperança desaparecerá no ar feito fumaça e a carestia e os impostos  continuarão assolando a vida de trabalhador.

      

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