terça-feira, 15 de novembro de 2022

Saga em busca de um dentista

                 

            A dor de dente está entre as piores dores  que acometem o ser humano e  aproximadamente umas três semanas, tenho padecido  com este mal. Ainda no princípio,  moderada, porém, contínua e, antes que aumentasse em intensidade fui procurar  um profissional competente à altura de meu bolso. Confesso que não foi fácil.  A primeira tentativa foi com a  minha dentista que não é uma profissional  de  que eu confie tanto, mas pelo menos, posso pagar. Ela estava em viagem, fui atendida por uma colega que  fez uma avaliação e eu não senti firmeza em seu diagnóstico. Depois, passei pela colega, especialista, que atende uma vez por semana, além de eu pagar R$60,00 por uma radiografia, ainda pediu uma panorâmica, e receitou-me antiinflamatório  e analgésico. O pior é que  eu não tenho uma árvore de dinheiro. Fui em busca de outro.

            Com o novo profissional não foi diferente! Fez mais um raio X, não viu nada e receitou antiinflamatório e   pediu que eu retornasse em cinco dias. Por ser uma dor generalizada e os dentes não apresentarem cárie,  cogitei a possibilidade de  ser um problema nos maxilares e   começou a minha saga na internet em busca do especialista: bucomaxilo facial. Foram mais de quatro horas de pesquisa, consulta  no C.R.O., intermináveis telefonemas, até que localizei um profissional  nas proximidades de minha residência, mas a foto do consultório   e  por ele  trabalhar sozinho, sem uma recepcionista, deixou-me apreensiva, mas a dor falou mais alto e eu fui. Sol à pino, marchei rumo ao alívio da dor. Achei o consultório sujo, após o meu relato, ele disse que o caso não era com ele,  que eu não pesquisei bem, que ele era especialista em dente siso, pedi que ele pelo menos, olhasse o dente, ele o fez de má vontade, disse que precisava fazer uma radiografia e que ficaria em R$50,00, autorizei.  Ele analisou bem a radiografia e disse com segurança que o problema  era uma cárie em baixo de uma coroa, já bem antiga,  que eu fiz aproximadamente há uns trinta anos, e que precisa ser feito o canal, ele não fazia e indicou um colega. Pois é, véspera de feriado de 15 de novembro, dia da Proclamação da República,  cansada, faminta e com fome, entrei em contato com o  dentista que se prontificou a atender-me, às 18 horas  porque  o paciente do horário havia desmarcado, a gente sabe que é mentira, é que não tinha paciente, isto é jogada.

            E lá se foi mais R$250,00,  ele abriu o dente, fez um curativo e falou das possibilidades de  resolver  o meu problema odontológico, já que a primeira preocupação dele, era acabar com a minha dor. Alegou não conhecer a minha  boca e pediu uma radiografia panorâmica. Chego a pensar que dentista recebe comissão por indicação de   clientes, não é possível.  Também prescreveu medicação  para três situações: antibiótico, para tomar sete dias, caso acordasse com o rosto inchado e com dor, e se a dor persistisse, sem inchaço, somente o antiinflamatório  durante cinco dias e caso ele não desse conta do recado, tomasse também   dipirona.  Acordei praticamente sem dor, mas  como antibiótico  se compra somente com receita médica, vou aviar a receita para deixar  para o caso de uma  infecção urinária, muito comum, em nós, octogenárias e atendimento  em Posto de Saúde não é fácil, e os sintomas já são velhos conhecidos. Amanhã começa a nova saga: a continuidade do tratamento!

 

 

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