A história
milenar dos faraós encantou, encanta e encantará o mundo por centenas de
milhares anos ainda, se o Aedes aegypt permitir.
Este egípcio nato desembarcou em
terras brasileiras determinado a criar a
dinastias dos invencíveis. Registros
afirmam que ele viajou nos porões de
navios negreiros no século XVIII e foi
se espalhando pelas regiões tropicais. Atualmente, no Brasil ele é encontrado em todos os estados.
O
legado cientifico do Egito é grande, destaco a geometria, medicina, astronomia,
engenharia civil, naval e hidráulica e tantos outros conhecimentos que, de tão
incorporados à cultura brasileira as pessoas pensam que são criações nacionais.
O poder e luxo dos antigos
faraós hoje são apenas atrações
turísticas e fonte de pesquisa de antropólogos e arqueólogos, mas, o pequeno mosquito continua formando dinásticas poderosas pelo mundo,
diante da inércia das pessoas que, perderam a capacidade de cuidar do espaço em
que habitam.
Querendo, até um criança é capaz de
vencer as fêmeas forasteiras, ávidas
para deixar uma prole numerosa em qualquer possa d’água. Não deixe água parada, vire as garrafas,
troque a água dos animais domésticos, coloque areia no pratinho das plantas,
deixe o agente adentrar á sua residência, são palavras repetidas a exaustão.
É difícil entender, como as
pessoas em plena Era
do Conhecimento, de posse da informação, não são capazes executar a ação. Assim, o pequeno mosquito vai mostrando
a que veio, que é mais forte que o país
inteiro. É um inseto adaptável, aprecia sangue humano, transmite a dengue, a febre Chikungunya e o terrível Zica vírus, acusado de ser
um dos responsáveis pelo nascimento de crianças com microcefalia, inocentes condenados a uma
vida de limitações.
Volto à
questão: por que as pessoas não conseguem cuidar do espaço que habitam? De que adianta o fumacê passar
uma vez por semana, se dentro das casas há incontáveis criadouros de Aedes aegypt ?
Amélia Justina, março de 2016
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