Com o decorrer dos anos, o coração das
pessoas vai acumulando tudo o que amou
na vida, o lugar onde nasceu, com suas lindas montanhas, os rios caudalosos, as brincadeiras infantis,
o colo macio da Vovó, o abraço apertado
do Vovô e, à medida que os anos
vão passando, novas coleções de bons momentos são guardados com muito
carinho, com a chegada dos sobrinhos, renasce a fé na vida, o orgulho de
pertencer, exatamente, a esta família. Mas, sobrinhos, não trazem somente alegria, com eles, chegam também a decepção, preocupação, e até um choque emocional.
Já na infância, dominam melhor que os adultos as novas tecnologias, e vivem uma
outra realidade virtual, que a família desconhece, não percebe ou finge não saber, para evitar problemas,
pois quando estão com o celular em mãos, esquecem até das principais refeições. Assim, para evitar os pequenos
atritos diários, comuns em casas com crianças, os responsáveis não dão à atenção devida ao rebento e
vão formando, sem querer, personalidades
difíceis de conviver em sociedade, no mundo real, porque no virtual, deletam tudo que lhes
desagradam, sentem que têm o mundo na ponta do polegar. A tia, que pensava que era a querida, fica em estado de
choque, ao acessar as redes sociais e
conhecer o outro lado do sobrinho amado.
Ao entrar em suas redes sociais, a tia percebe
com alegria que tem mensagem do sobrinho caçula, com apenas 11 de anos de idade, e quase sofre um enfarto
ao ler o que ele escreveu: Feia, velha, horrorosa e algumas obscenidades impróprias
à faixa etária e que não podem ser escritas em um blog , que respeita os seus leitores. Abalada ela não sabe o que fazer! Comunicar
os país? Falar com ele? Enquanto medita sobre
qual a melhor atitude, diante do fato, faz o que é possível no momento:
Excluir, ignorar e abrir espaço em seu coração
para armazenar preocupação e
decepção.
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