quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Papo de mulher- Moda cruel

                                 Amiga!  Estou exausta de percorrer ruas, entrando de loja em loja; isto, sem falar no sobe e desce de escadas em shopping, mesmo sendo rolantes, cansam, e como cansam!  E, de mãos vazias,  retornei ao meu lar. Essa cansativa peregrinação foi em vão, não encontrei o que procurava. A pergunta que  deseja sair, como um raio de sua boca é: - Tudo está tão cara que não conseguiu comprar sequer uma  regata básica? Respondo com sinceridade, a questão não é somente  o preço, é o tecido, a modelagem e o modelo  inadequado à faixa etária de mulheres inteligentes, recatadas e de bom gosto, grupo seleto,  do qual faço parte.
               Saí às compras com o intuito de comprar blusas elegantes, discretas adequadas às   jovens senhoras sexagenárias,  que não são jovens bastantes para mostrar muita pele,  não querem expor tanto, as marcas do tempo, porém, não desejam  cobrir-se da cabeça aos pés, apenas uma questão de adequação, à idade.  Eu disse “ jovens senhoras sexagenárias” porque,  na atualidade,  as mulheres chegam aos 60 anos de idade, com boa saúde física e mental. Embora a maioria  esteja aposentada, procuram outras ocupações, viajam muito e são exemplos de dinamismo e bem viver, e claro, querem vestir-se  com elegância e discrição. Mas está difícil!
             Amiga! Encontrei  roupas baratas, de tecidos de qualidade duvidosa e péssima modelagem, dando a entender, que dispensaram os estilistas e os proprietários  das confecções arriscaram a desenhar novos modelos visando somente a economia de pano e  facilidade no corte e costura.   Em algumas lojas, não posso negar, encontrei  peças bonitas, bem cortadas, mas tamanho único. Assim, lamento dizer, voltei de mão vazias e com um pedido aos estilistas e demais profissionais de moda: Nós, mulheres sexagenárias, não queremos nos vestir nem como a  nossa  bisavó, muito menos como as nossas netas. Queiram por favor, criam roupas adequadas ao nosso perfil!

  

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