terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

A batalha para sorrir com dignidade

    Hoje, ela passou por uma extração e um implante dentário, e mais uma vez, sentiu o peso da pobreza a que está submetida após a queda em seu padrão de vida. Ela não realizou o procedimento com o melhor profissional, mas com o único que podia pagar. 

O primeiro choque veio com o protocolo de atendimento. Nas primeiras vezes, ela havia feito o procedimento com dois dentistas, mas dessa vez havia apenas um dentista e uma assistente. O protocolo de preparação do consultório era diferente. Nas primeiras vezes, tudo estava coberto, incluindo a cadeira do dentista e a fechadura da porta. O dentista nem sequer vestia as roupas sozinho; ele levantava os braços e a secretária o vestia. A caixa de luvas, ele nem abria. 

Eles colocaram uma touca em seu cabelo, jogaram um lençol com um buraco para a boca, olhos e nariz, colocaram óculos nela e cobriram toda a cadeira em que se sentava. Deram-lhe um líquido para bochechar e passaram álcool em suas mãos e rosto. Dessa vez, apenas um pano branco foi usado.

Após o procedimento, da primeira vez, ele deixou seu telefone residencial caso ela precisasse dele e orientou sobre os cuidados pós-implante. Nesta vez, ele apenas disse que a secretária entraria em contato para saber se ela estava bem, o que não aconteceu.

Sua única saída? Apelar para a proteção de Santa Apolônia e pedir bençãos aos céus e ao seu anjo da guarda. E agora, no pós-operatório, ela deve se alimentar apenas de comida fria e líquida e repousar, mesmo com o calor. Além disso, seu dentista está com uma tosse seca, adquirida após ter sofrido um enfarto. Quanta preocupação. Ser pobre é um ato de coragem. É colocar a vida em risco e à prova todos os dias.


E você, caro(a) Leitor(a), como têm sido a sua experiência com os profissionais do sorriso?


sábado, 15 de fevereiro de 2025

Café fake

     

Em 2024, o Brasil ostentava o título de maior produtor de café do mundo, com Minas Gerais brilhando à frente na produção. Agora, em 2025, os brasileiros se veem na desesperada busca por alternativas para degustar a bebida tradicional que tanto amam. Neste país, onde o humor persiste até nos momentos mais sombrios, novas "delícias" ganharam apelidos populares: cevada, milho torrado e até café com substâncias acima do permitido pelos órgãos responsáveis. “os café fake.”

Duas marcas se destacam: uma que traz o café moído com casca, palhas, galhos e outras impurezas; e a outra, um produto torrado e moído, aromatizado artificialmente com sabor café. Nas redes sociais, circulam vídeos caseiros ensinando a fazer café com semente de quiabo. Sim, estamos vivendo tempos em que se planta quiabo e colhe café. Quão triste é, que o maior produtor de café veja seu povo em tamanha penúria, incapaz de saborear um verdadeiro e bom café arábica.

E como se não bastasse, temos um presidente popular que se candidatou prometendo cuidar do povo. Mas agora, o povo não consegue comprar carne, ovos, bananas, e nem ao menos tomar um simples café. Ironicamente, estamos no país do café, mas nossa xícara está vazia.

E você, caro leitor, tem conseguido tomar um  café original?

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Sol da esperança

 Claro, posso ajudar com isso!


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**O Sol da Esperança**


Em uma pequena cidade rodeada de montanhas, onde os dias eram temperados pelo sol acolhedor e as noites eram iluminadas pelas estrelas cintilantes, havia uma mulher chamada Clara. Clara era conhecida por seu sorriso constante e sua disposição gentil. No entanto, a vida não era fácil para ela. Entre altos e baixos, perdas e ganhos, Clara sempre encontrava uma maneira de continuar, guiada por algo que ela considerava essencial: a esperança.


Todos os dias, Clara caminhava até o topo da colina, onde podia ver a cidade inteira. Era seu refúgio, um lugar onde ela podia refletir e renovar suas forças. Nas tardes de primavera, o cheiro das flores silvestres a envolvia, trazendo-lhe uma sensação de paz. Mas não era apenas a beleza da natureza que a mantinha forte. Era a esperança de um amanhã melhor.

A esperança tem um poder único. Mesmo nas noites mais escuras, ela é a estrela que nos guia. Para Clara, a esperança era a luz que brilhava em meio à tempestade. Ela acreditava que, mesmo quando tudo parecia perdido, sempre haveria um novo dia, uma nova chance de recomeçar. 

Um dia, Clara encontrou um velho amigo no mercado. Ele estava abatido, sem emprego e com a família passando por dificuldades. Clara ouviu suas lamentações e, com seu habitual sorriso, disse-lhe: "A esperança é como o sol. Pode estar coberto por nuvens hoje, mas sempre estará lá, esperando para brilhar novamente. Mantenha-se firme, e você verá que dias melhores virão."

Essas palavras ressoaram no coração de seu amigo, que voltou a ter coragem e determinação para enfrentar os desafios. A esperança, assim como uma semente plantada em solo fértil, começou a florescer novamente.

A história de Clara nos lembra que a esperança é uma força poderosa. Ela nos dá a capacidade de enfrentar adversidades, de sonhar com um futuro melhor e de encontrar forças onde pensamos não haver mais. A esperança nos conecta com o melhor de nós mesmos, inspirando-nos a ser resilientes e a acreditar que, não importa quão difícil seja a jornada, sempre haverá um novo amanhecer.


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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

A viúva da ganância

 Ela sempre foi esperta e muito interesseira  

Casou-se com um idoso, só pensava na carteira  

Para que morresse logo, dava remédio errado  

Ficou viúva rica, mas o destino foi malvado


Ela quer aproveitar, mas só encontra dor  

Correu atrás da vida fácil, sem valor  

Agora vive de favor, sem nada que restou  

Com a filha e o genro, a vida lhe ensinou


Com a pensão do falecido, procurou nova paixão  

Outro idoso infeliz caiu na sua sedução  

Dava estimulante, altas doses no jantar  

Mas os bens não eram dele, e ela ficou a penar


Ela quer aproveitar, mas só encontra dor  

Correu atrás da vida fácil, sem valor  

Agora vive de favor, sem nada que restou  

Com a filha e o genro, a vida lhe ensinou


O que é do homem o bicho não come, a vida dá lição  

Hoje mora de favor, sem um tostão na mão  

Arrepende-se das escolhas, da ganância e da ilusão  

Mas já é tarde demais, não há mais redenção


Ela quer aproveitar, mas só encontra dor  

Correu atrás da vida fácil, sem valor  

Agora vive de favor, sem nada que restou  

Com a filha e o genro, a vida lhe ensinou


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