domingo, 14 de agosto de 2016

Vento

È inverno!  A possibilidade de uma chuva para lavar a poluição do ar é remota. A umidade do ar está abaixo do recomendável.  È agosto! Sinto falta da ventania característica deste mês, que homenageia o imperador romano Cesar Augusto. Pela janela, olho as copas das árvores nas ruas nenhuma folha se mexe. Cadê o vento? Será que fugiu com medo da crença popular que agosto é o mês do desgosto?
Eu não tenho a mínima ideia de onde e quando  surgiram as superstições negativas atribuídas ao oitavo mês do  ano. Fato é que elas são transmitidas de geração em geração. Soube pelos antigos, que  na época das grandes  navegações as mulheres portuguesas, como medo da viuvez, não casavam em agosto, época em que várias naus singravam os  mares em buscas de novas terras e, esta tradição chegou ao Brasil com os colonizados e fincou raízes. Meus pais casaram em 31 de julho, com medo de alguma desgraça e repassaram a tradição aos filhos e  esta,  é seguida até hoje netos e  bisnetos que repassarão aos seus descendentes.
 Crendice ou não, a história  relata acontecimento trágicos  ocorridos neste mês. Cito alguns só para lembrar e você não duvidar tanto  das superstições populares.
06 de agosto de 1890, o primeiro homem  foi eletrocutado em uma cadeira elétrica, em Nova York, E.U.A.
01 de agosto de 1914,  uma triste data para lembrar. Início da 1ª Guerra Mundial.
Agosto de 1939, início da Segunda Guerra Mundial.
6 e 9 de agosto de 1945, mais de duzentas mil pessoas morreram vítimas das bombas atômicas,  lançadas nas de Hiroshima e Nagazaki.
24 de agosto de 1954, o então presidente do Brasil,  renunciou não somente à Presidência, mas também à vida.
22 de agosto de 1976, eu tinha apenas 16 anos de idade quando  a voz do seresteiro de Diamantina, MG, calou-se definitivamente. Juscelino Kubitscheck faleceu vítima de um desastre automobilístico.

         Chega de exemplo!  Iniciei o texto para falar sobre  o vento, ou melhor, a falta dele. Por onde andará?   Que noticias boa trará quando retornar de lugares longínquos? Ah! Se o vento tivesse o poder fazer  desaparecer  as doenças, as dores da  alma! Em suas voltas  infinitas voltas pelo universo, quiçá um dia ele  retorne e  traga o equilíbrio emocional para todos os povos e que  a vida natural retome o seu ritmo – o ritmo do universo!

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