È inverno! A possibilidade de uma chuva para lavar a
poluição do ar é remota. A umidade do ar está abaixo do recomendável. È agosto! Sinto falta da ventania
característica deste mês, que homenageia o imperador romano Cesar Augusto. Pela
janela, olho as copas das árvores nas ruas nenhuma folha se mexe. Cadê o vento?
Será que fugiu com medo da crença popular que agosto é o mês do desgosto?
Eu não tenho a
mínima ideia de onde e quando surgiram
as superstições negativas atribuídas ao oitavo mês do ano. Fato é que elas são transmitidas de
geração em geração.
Soube pelos antigos, que
na época das grandes navegações
as mulheres portuguesas, como medo da viuvez, não casavam em agosto, época em
que várias naus singravam os mares em
buscas de novas terras e, esta tradição chegou ao Brasil com os colonizados e
fincou raízes. Meus pais casaram em 31 de julho, com medo de alguma desgraça e
repassaram a tradição aos filhos e esta, é seguida até hoje netos e bisnetos que repassarão aos seus descendentes.
Crendice ou não, a história relata acontecimento trágicos ocorridos neste mês. Cito alguns só para
lembrar e você não duvidar tanto das superstições
populares.
06 de agosto de
1890, o primeiro homem foi eletrocutado
em uma cadeira elétrica, em
Nova York , E.U.A.
01 de agosto de 1914, uma triste data para lembrar. Início da 1ª
Guerra Mundial.
Agosto de 1939,
início da Segunda Guerra Mundial.
6 e 9 de agosto de
1945, mais de duzentas mil pessoas morreram vítimas das bombas atômicas, lançadas nas de Hiroshima e Nagazaki.
24 de agosto de
1954, o então presidente do Brasil,
renunciou não somente à Presidência, mas também à vida.
22 de agosto de
1976, eu tinha apenas 16 anos de idade quando a voz do seresteiro de Diamantina, MG,
calou-se definitivamente. Juscelino Kubitscheck faleceu vítima de um desastre
automobilístico.
Chega de exemplo! Iniciei o texto para falar sobre o vento, ou melhor, a falta dele. Por onde
andará? Que noticias boa trará quando
retornar de lugares longínquos? Ah! Se o vento tivesse o poder fazer desaparecer
as doenças, as dores da alma! Em suas
voltas infinitas voltas pelo universo,
quiçá um dia ele retorne e traga o equilíbrio emocional para todos os
povos e que a vida natural retome o seu
ritmo – o ritmo do universo!
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