segunda-feira, 22 de março de 2021

Um ano e nada mudou

    1.               Um ano e nada mudou em minha vida. Continuo dentro de casa, contando moedas, economizado o máximo que posso  pois não sei quando tudo isto vai terminar.  Idosos e comerciantes  sendo sacrificados. Uns com o seu estabelecimento fechado, somando dívidas  e impostos impiedosos, os outros,  solitários, presos em seus lares  sem o  conforto da igreja, sem as suas consultas rotineiras  em Postos de Saúde. Todo este sacrifício para que? Jovens irresponsáveis continuam se aglomerando, festejando  sem nenhum tipo de cuidado e levando o vírus para o seio de sua família.

A vacina começou com os profissionais de saúde, o que certo, pois eles estão na linha de frente, na parte mais perigosa na luta contra o inimigo. Depois os mais velhos. Melhor seria se tivessem feito uma quarentena vertical onde os  mais vulneráveis ficariam em casa e a classe trabalhadora, aquela que leva o  contágio para casa fosse vacinada  assim que terminasse os guerreiros da saúde.  

No delivery mora o  perigo. Os entregadores  de aplicativos, ficam sentados  nas calçadas, sem nenhum cuidado, aguardando novos pedidos, sem onde lavar as mãos, e com a pequena comissão que recebem, a possibilidade de andarem com álcool gel no bolso é pequena.  E as notícias de pessoas  que foram contaminadas, dentro de sua casa, em isolamento social, cresce a cada dia, sem as autoridades atentarem  que o perigo  está nas embalagens, na maçaneta da porta. A quarentena transmite uma falsa segurança porque o risco está em todos os  lugares.

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