Sopra o vento e derruba uma folha seca da frondosa árvore da praça. A primeira vista é tão insignificante... Mas o responsável pela limpeza pública resmunga: "A rua está cheia de folhas secas!" Para muitos é um problema, voa e suja a calçada, o quintal. Para a árvore que a deixou cair ela é muito relevante, já que cumpriu a sua missão. Foram poucos os seus dias de vida, mas foi muito útil. Ajudou na purificação do ar, embelezamento, sombra, e agora, deseja apenas fertilizar o solo e fechar o seu ciclo, para que outro possa começar: o da jovem folha que nascerá em seu lugar.
A beleza que encanta, principalmente no mundo virtual, é mera fantasia, tudo que se faz na espera de uma recompensa imediata, além de vazio, é passageiro. O amor altruísta está nos pequenos atos. Outrossim, a folha seca teve vida tão curta e essencial. Em tão pouco tempo, generosamente encerrou o seu ciclo e abriu espaço para outro.
E os seres humanos? Vivem em busca da perfeição e trabalham arduamente para a imperfeição, com atitude egoísta. O homem esqueceu que a vida é troca, que a generosidade atrai companheirismo, dedicação e responsabilidade social e ambiental.
É preciso aprender com a folha seca, o que realmente importa é a colaboração individual de cada um em prol da melhoria coletiva da humanidade e do meio ambiente e que todos possam viver em harmonia, cada um com a sua pequena responsabilidade.
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